Fixo-me ao devir de minha mente
cujos pensamentos levam-me ao suplício “abstracional”
que, ao passar por um processo de materialização,
proporciona impressões encafifas ao meu corpo
Este, todo desconchavado,
devido a esse fenômeno inusitado,
goza de várias experiências peculiares
É como se algo percorresse o interior de seus membros,
indo em direção à parte central de seu tronco
E, instalando-se ali, aumenta mais ainda essa suposta angústia,
fazendo dessa corporação uma serva
Eu, tentando me desvencilhar dessa associação,
fujo novamente aos abstraimentos
Doravante, percebo que sou justamente este corpo
Melhor, que sou justamente corpo
De tal modo, tomado por essa antipredicatividade,
para me desprender de uma vez por todas desse carregado pronome,
que insiste em me substituir e,
mui demasiadamente, me desconstruir,
assevero e corroboro, de agora em diante,
que Corpo Sou